“Não é o que considera sobre o seu site que conta,
mas sim o que os utilizadores pensam dele.”
Jakob Nielsen
Mas afinal o que é usabilidade?
Se o modo de usar” não é óbvio, o problema é do design, da usabilidade: Botões e informações nos devidos locais com sua hierarquia de importância; cores e diagramação intuitivas e adequadas; comportamento adequado ao público. Isto é usabilidade em acção. Quando um produto é usável, nem se pensa no conceito de usabilidade. O problema está quando o produto não se adequa ao utilizador (uma
cadeira desconfortável, uma jarra mal desenhada, um pacote difícil de abrir).
A usabilidade é um caminhar progressivo em direção ao utilizador e não o contrário.
Na internet a usabilidade não basta, mas corresponde a uma boa parte do caminho. Pegando no exemplo de uma loja online é tão simples quanto isto: se um internauta não encontra um produto, não o compra. Fazer com que o utilizador encontre o que procura é usabilidade em ação.
Um site tem, numa perspectiva optimista, entre 10 a 15 segundos para convencer, por isso todos os elementos da página precisam de ser avaliados, pesados, medidos em termos de impacto. As páginas precisam de carregar rapidamente (este fator é um dos mais apontados como fulcrais no sucesso ou insucesso do site) e todos os elementos gráficos precisam de ser optimizados (tamanho, qualidade, interesse). Será que todas as imagens são necessárias? Será que as animações em flash se justificam sempre? Casos a pensar e a pesar.
Uma imagem pode valer mil palavras, mas também mil interpretações diferentes e uns tantos clicks de desistência. O tempo é um bem escasso e caro. Se a demora for muita, o utilizador vai procurar outro site, oferta é o que não falta na rede. As preocupações do utilizador comum prendem-se com dinheiro e tempo e estar online significa gastar impulsos telefônicos e tempo.
Esteja em busca de informação ou de entretenimento as preocupações do utilizador são se o site vai demorar a abrir; se vai abrir; se o browser
vai funcionar naquele site.
A par da importância da rapidez, temos o fator previsibilidade. O previsível é reconfortante, é um reconhecer de caminho. Se um texto sublinhado a azul representa para todos um link e um texto a rosa um link visitado para quê mudar? Não há razões estéticas que justifiquem por si só a alteração de esquemas mentais adquiridos, de práticas interiorizadas.
Quer nos anos 80 e quer nos primórdios internet, a atenção estava centrada no utilizador especializado e na máquina. Hoje, em virtude da estabilização dos preços e da qualidade das máquinas, a atenção está centrada no utilizador muitas vezes pouco familiarizado com o universo informático.
Em regra o utilizador comum não está familiarizado com interfaces computacionais, tem pouquíssimo tempo para aprender como funciona cada site e está conectado através de um sistema de baixíssima velocidade. Se num utilizador quase profissional, pequenas alterações não fazem a diferença, pois rapidamente se adapta, num internauta “novato” e ainda inseguro pequenas mudanças podem provocar muitas resistências e muitas
desistências. Conversar com um utilizador "novato" facilita a percepção das dificuldades de navegação. As melhorias e os ajustes do esquema de navegação dependem (devem depender) do modo como o utilizador comum usa o site. O contacto com utilizadores “reais” através de conversas, questionários, registo de acessos é imprescindível. Desta interação, deste feedback nasce um site realmente amigável.
O utilizador tem a possibilidade de alterar alguns parâmetros de visibilidade da página no seu browser. As características próprias das diferentes plataformas podem alterar a exibição de cor e a correcção gama (brilho e contraste).
Referências bibliográficas: Usabilidade e comunicação na internet, http://www.seara.com/fotos/editor2/usabilidade.pdf
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